
Os anos 80 foram uma fábrica de personagens icônicos. Nos diversos gêneros nesta mesma década foram lançados clássicos que permanecem para sempre na memória de cinéfilos e até mesmo de quem não tem no cinema um ponto de passatempo, hobby, lazer ou seja lá o que for.
E tomando como base o filme de hoje, temos que dizer que Wes Craven foi criativo! Quando o gênero ‘slasher’ começava a se proliferar de maneira crescente no início da década. O diretor Wes Craven soube tomar um rumo no mínimo interessante. Em minha humilde opinião, A Hora do Pesadelo foi realizado num momento certeiro.
Não tenho dúvida que trata-se de um dos maiores clássicos que o cinema fantástico já produziu.
Uma das marcas registradas fica por conta da trilha sonora do competente Charles Bernstein. O som e a ambientação são perfeitos.
Um dos fatores positivos e excitantes do filme, é que há momentos em que não se sabe o que é sonho e o que é realidade...
Aqui a ameaça é Fred Krueger, um assassino de crianças no ‘mundo real’, que fora queimado vivo pelos pais das mesmas, entre outros pais revoltados que fizeram justiça com as próprias mãos.
Agora ele retorna no mundo dos sonhos para matar os garotos da Rua Elm.
Robert Englund no papel do assassino foi impecável. Diferente de boa parte dos filmes seguintes (infinitamente inferiores), aqui o assassino é realmente ameaçador, e de aspecto repugnante, e nos momentos em que faz brincadeiras, não são piadas (como nos demais filmes) e sim um visível tom jocoso frente a sua capacidade e poder em seu próprio mundo (o mundo dos sonhos), como quando por exemplo começa a decepar seus próprios dedos.
Nancy a protagonista; ao descobrir o que está causando as mortes de seus amigos, tenta caçar o assassino (e também acaba por ser caçada). Num duelo de gato e rato. Tentando para isso lutar não só contra Fred Krueger, mas também contra o sono, numa espécie de batalha onírica onde nunca se sabe o que pode acontecer entre a realidade e o mundo dos sonhos. Sem contar o fato que ninguém acredita nela, ou no que está acontecendo, e o motivo de tantas mortes.
Enfim, um ótimo filme, sangrento e muito bem trabalhado em todos os seus elementos não usuais, pelo competente Wes Craven.