segunda-feira, 25 de outubro de 2010

SEXTA-FEIRA-13 PARTE 3 (1982) Resenha especial.



Pois bem, para estes dias que rondam o Dia das Bruxas eu preparei esta resenha especial. Posto agora também em comemoração ao aniversário da nossa querida Dana Kimmell, mesmo que retirada dos trabalhos será sempre reconhecida pelo ótimo trabalho aqui feito.
O motivo do presente trabalho se diferir dos outros é o fato de que aqui irei propor uma análise totalmente diferente da usual, tentarei enfocar os aspectos críticos e pertinentes de modo aprofundado do que considero ser o melhor filme da série “Sexta-Feira-13”.
Antes de tudo só aviso que se você não viu o filme não avance a leitura pois os “spoilers” serão necessários.
Como disse antes, e acrescento, não apenas acho o melhor como o mais assustador filme da franquia. Pode soar estranho querer falar de Sexta-Feira-13 de modo mais sério, mas esta terceira parte possui alguns elementos que valem ser discutidos.
Bom uma das atrações do filme é que ele é em 3D, confesso que nunca tive a oportunidade até o presente momento de assistí-lo assim, mas acho que mesmo isso fica em segundo plano frente a algumas questões interessantes, que acabam por serem deixadas de lado.
Bom, pelo fato desde ser mais um “Sexta-Feira-13” não devemos dar muito mais pra ele do que ele merece é o que muitos pensam. Alto lá! Este filme tem aspectos subestimados e não enfocados como mereciam, e irei dizer agora os motivos de eleger este o melhor da clássica série que vão muito além de argumentos tênues como: “Puxa, é que foi neste que ele apareceu pela primeira vez com a máscara êêê...”.
Toda vez que assisto este filme, não consigo “sentir” ele como fazendo parte da série, a própria ambientação dele foge do que se vê em boa parte da série, com certeza uma das melhores locações da franquia, dando a necessária sensação de ser um lugar ermo.
É óbvio que eu poderia citar falhas de como por exemplo, como um grupo de jovens vai para um lugar sabendo que poucas horas antes ouve uma matança? Eu respondo: Um filme (principalmente deste estilo) não deve ser questionado neste aspecto, afinal, como teremos uma estória se todas as lacunas que induzem ao malogro das vítimas estão fechadas? A maior parte dos filmes se fossem analisar bem não haveria enredo caso todos tomassem rotas de desvio do destino maldito que poderiam ser evitados na maioria das situações. Sem jogadores não há jogo ora! E muito menos se faz um “slasher”.

As maiorias dos personagens aqui, vão para o abate como muitos dizem, a maioria deles não tem um grande desenvolvimento, mas há detalhes interessantes a serem notados.
Shelly é o palhaço da turma, e diga-se de passagem suas brincadeiras nunca são bem vindas por parte dos amigos. Shelly é aquele típico desajeitado que não pega ninguém, o palhaço com o seu próprio fundo dramático. Este personagem vai navegar da brincadeira (seu único modo de dar afeto e chamar a atenção) até a tristeza quando não é aceito por Vera, na qual havia se afeiçoado. Shelly é o ponto X, o “não”, a figura a ser negada e que causa problemas e desconfortos. Pode soar um absurdo dos maiores já escritos, mas frente a todo este mal estar causado, ele tem pontos de intersecção com o próprio Jason. Reparem, quando Andy diz para ele ser ele mesmo pois ia conhecer a nova garota, tirando uma máscara ele insinua que será difícil ser ele mesmo com aquele “VISUAL”.
Outro ponto interessante: Quando Vera abre a carteira de Shelly, vê uma foto dele com a MÃE que parece ser o seu único ponto de aceitação e carinho frente ao que ele é.
Depois como todos sabem, sua máscara acaba nas mãos de Jason que mesmo dando um fim no gordinho jocoso, executa com os instrumentos do mesmo, a garota que o havia negado.

Nenhum comentário: