terça-feira, 28 de setembro de 2010

Contos da Cripta (1972)



Confesso que adoro um bom conto de terror, sou fascinado por narrativas curtas e eficientes que possam prender mesmo na sua simplicidade. Pois como eu poderia colocar, a paciência nem sempre está à disposição para filmes longos arrastados e “inteligentes”; no caso aquelas longas estórias que custam para o filme ‘acontecer’ ou não acontecem!
Portanto em boa parte das vezes o simples é o melhor.
Ao longo dos anos já foram lançados vários filmes contendo contos dos mais variados tipos, como já citei antes, eu realmente gosto dessa modalidade de entretenimento, por vezes é mais divertido e direto.
Pois bem, este “Contos da Cripta” aqui é um dos melhores exemplares do estilo, originalmente chamado “Tales From The Crypt”, mesmo nome das antigas histórias em quadrinhos lançadas nos EUA nos anos 50, conhecidas como “os quadrinhos que abalaram a década”, e que já foi lançada aqui no Brasil no início dos anos 90 com o nome de Cripta do Terror.
É um filme baseado realmente nas mesmas histórias, e extremamente fiéis àquelas maravilhosas HQs de terror (quem já teve o prazer de ler algumas Criptas sabe disso), pois realmente foi um dos quadrinhos mais importantes e influentes lançados no mundo, que tem fãs declarados tais como Stephen King e George Romero, que em 1982 lançaram o seu “Creepshow”(filme) com alguns contos.
Mas como estou falando deste de 1972 vale dizer que tem muita qualidade, e que o grande mérito é realmente narrar nos estilo das velhas Criptas do Terror no qual o terror aqui apresentado é daqueles da pior espécie, ou seja, o lado negativo do ser humano. É interessante como os contos são trabalhados em cima dos chamados pecados capitais, tais como ganância, avareza, e outros pontos como o adultério. É claro que para punir nossos personagens o sobrenatural acaba sendo entrelaçado à situação, em algumas vezes, em outras os perigos terrenos mesmos acabam por dar todo o tipo de fim aos protagonistas, cada qual perverso a sua maneira.
São 5 contos, cada um sobre 5 pessoas que no início do filme visitam um lugar que parecia ser uma espécie de museu-catacumba, até os cinco entrarem inadvertidamente em um câmara guardada por um homem encapuzado (uma espécie de guardião da câmara tal e qual nos quadrinhos), que lhes mostra em suas mentes situações pavorosas ocasionadas por suas personalidades maléficas.
Os dois contos mais fracos para mim são o primeiro, e outro na qual um dos personagens é interpretado pelo lendário Peter Cushing. As outras narrativas são boas, em particular adorei o conto sobre os desejos.
Fica aqui a dica para quem gosta de pequenas porções de horror, diluídas em estórias simples, mas interessantes.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Drácula (1931)



Na minha óptica certos filmes jamais irão perder o brilho, não importa quanto tempo passe, uma narrativa agradável e figuras carismáticas nos papéis são pontos importantes a serem levados em conta.
Este filme que vos falo, é um dos maiores clássicos do cinema. Como não poderia faltar num filme que traz o imortal personagem criado por Bram Stoker, a atmosfera e o ar sombrio e gótico estão aqui.
Muito do mérito desta obra vai para o húngaro Bela Lugosi, que simplesmente ‘encarnou’ o vampiro e registrou seu nome eternamente como um dos grandes intérpretes de criaturas malignas do cinema.
Tiro inclusive uma conclusão própria, o fato de o filme ser de 1931 faz com que ele estivesse próximo ainda do cinema mudo, deste modo é nítido como o gestual físico adquire um alto grau de importância.
São poucos os momentos de trilha sonora do filme, e eles são usados justamente nos momentos mais tensos.
Lugosi com suas caras e bocas, foi perfeito para o papel, e como eu havia citado antes, é muito carismático, sua atuação tem todo um charme envolto de mistério, típico de Drácula.
Se você quiser ação, e sangue esqueça! Sim, mesmo sendo um filme de vampiro aqui a dosagem é outra, sangue praticamente não há. Estamos falando de um filme na qual as interpretações remetem aos teatros, mas isso de modo algum desvalida o filme, muito pelo contrário, acho que o torna interessante frente ao nosso olhar atual.
Não é um filme apavorante, de modo algum, mas é acima de tudo esteticamente belo, pra quem se interessa por cinema numa visão bem artística e típica da época vale a dica.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Sexta-Feira-13 Parte 5 – Um Novo Começo (1985)



Alguns filmes metem medo, outros dão sustos, alguns prendem o espectador, e há aqueles casos em que mesmo quando não faz nada do que foi dito pelo menos diverte.
Infelizmente este quinto capítulo da série Sexta-Feira-13 não faz nada disso, ou melhor, faz algo sim; dá sono, irrita, incomoda, e o pior de tudo é constrangedor.
A série Sexta-Feira-13 está longe de ter os melhores filmes do mundo, mas pelo menos até o quarto filme manteve o que podemos chamar de ‘respeito’ para com quem assiste. Tudo bem Jason foi morto (tanto é que o anterior à este se chamava ‘O Capítulo Final’). Podiam ter deixado ele morto, enterradinho, com um legado bonitinho como bons slashers feitos até então. Mas, acontece que alguém teve a péssima idéia de reavivar a série, e ainda se o fizesse de forma no mínimo decente, nem isso se deram ao trabalho.
Vou colocar alguns Spoilers (pra quem não sabe Spoiler significa ‘contar o filme’ portanto se você não viu e ainda pretende ver cuidado, embora em se tratando deste filme...).
Sexta-Feira-13 parte 5, diferente dos anteriores (sem contar o primeiro no qual quem cometia os assassinatos era a mãe de Jason), aqui não é Jason quem é o assassino; isso mesmo leitor ou leitora não é o velho Jason Voorhees.
Aqui temos o traumatizado Tommy Jarvis, que após ter passado maus bocados com o legítimo Jason no filme anterior, vai para uma espécie de abrigo onde há outra galera problemática.
No meio de tudo isso, irá se desenrolar uma história tão ridícula, que é digna de enredo de teatro de terror infantil. Neste filme há simplesmente um bando de gente, sim nada mais nada menos do que um bando de gente esperando ser morta (por um assassino que no final do filme descobre-se que não é o dito cujo), um amontoado de pessoas sem o mínimo carisma, um aglomerado de personagens caricatos e ridículos sem um pingo de desenvolvimento, e de novo... constrangedores!
Há inclusive perto desse abrigo, uma mãe maluca e um filho mais retardado ainda que só sabe andar de moto e gritar feito um idiota, essa dupla numa tentativa clara (e fracassada) de querer dar ‘humor’ ao filme, pelo contrário, de novo o resultado... é constrangedor!
Pra não dizerem que não há um ponto forte no filme, a única coisa que presta neste filme é uma morena peituda, e só!
O roteiro é bobo, os motivos do verdadeiro assassino são forçados, mal trabalhados, mal explorados. Enfim, Sexta-Feira-13 parte 5 faz você perder preciosos momentos da sua vida, recomendo jogar baralho, ajudar uma velha atravessar a rua, comprar pão, ou ver outro filme de terror, ou mesmo outro da série, pois este aqui pra mim é o pior da mesma, é fraco, é ridículo, é... constrangedor!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Drácula - O Perfil do Diabo (1968)



Mesmo que não goste, Christopher Lee está eternizado como o Conde Drácula, afinal mesmo sendo um ator excepcional para os diversos papéis que fez no cinema (sim o homem trabalhou muuuito), na carne do famoso vampiro de Bram Stoker ele marcou gerações.
Mais uma produção da famosa Hammer que nos anos 50 e 60 dominou a ‘parada’ no quesito terror. E tenho que admitir que eu gosto muito das produções da época, mesmo com recursos limitados conseguiam explorar as temáticas com muito bom gosto, principalmente no cenários adequadamente ambientados e de estética sensacional.
É uma fase boa ainda do Drácula, quando resolveram levá-lo para os tempos modernos em Drácula no País da Mini-saia e Os Ritos Satânico de Drácula, confesso que não me agradou muito, pareciam mais filmes de espionagem (este ultimo principalmente) do que terror.
Neste aqui depois de eliminado o vampiro (hehe) um ano antes, tudo parecia voltar ao normal, mas a mesmo a sombra do castelo que recai sobre a igreja já deixa o padre da região preocupado (belo simbolismo hein!). O padre tenta ir ao castelo junto com um Monsenhor, porém o padre fica tão apavorado que acaba por se ferir e não é que o sangue para justamente nos lábios do Drácula que deste modo ressuscita (podiam ter pensado num modo menos forçado de fazê-lo retornar, ai está um ponto fraco, parece que pensaram nisso às pressas). Acaba que o padre se torna um servo do Conde, bom fora esse ponto dramático (sim, pois é um servo do Senhor servindo um vampiro!).
Paralelamente a tudo isso também é contado a história de um jovem fanfarrão (Paul) que quer ganhar a mão de uma linda jovem (Maria) interpretada bela (muito bela) Verônica Carlson, mas infelizmente o jovem é “sincero” demais para o novo sogro que logo de cara o “santo não bate”, ainda mais depois de dizer para o mesmo (que é padre) que não tem fé nenhuma em Deus.
Feita a confusão ele sai da casa da moça arrasado, e vai buscar um afago de Zena, uma estalajadeira que (pulando algumas casas para não deixar vosso leitor cansado), acaba por se tornar serva de Drácula (sim ele é muito rápido) que como não é bobo nem nada quer tomar para si a bela e doce Maria, a pretendente do nosso fanfarrão Paul.
E o que é necessário para combater um vampiro? (sim muitas coisas), mas uma delas é fé, já é possível imaginar o nosso herói tentando aniquilar o vampiro, mas graças à ajuda do bom padre (sogro) e do outro padre que era servo de Drácula, mas mudou de idéia (!) ele pode ter boas chances de vencer o demônio.
Enfim... um enredo simples, somado à um filme esteticamente bonito, à uma mocinha linda, e ao nosso grande Christopher Lee com a sua presença que por si só vale conferir.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

POPCORN- O PESADELO ESTÁ DE VOLTA (1991)




Eis aqui como fazer um bom filme de terror homenageando o próprio gênero. Calma eu explico.
Um grupo de jovens resolve promover um festival de filmes de terror num velho cinema, com direito a tudo que você possa imaginar, desde choques elétricos nas cadeiras dos espectadores até mosquitos gigantes voando sobre as cabeças da platéia durante a exibição, obviamente tais artifícios cênicos usados de acordo com o filme sendo passado.
Contudo o que eles não sabiam que é uma tal lenda de que naquele mesmo lugar haveria uma espécie de “fantasma” de Lanyard Gates um doido que no passado em uma de suas sessões de cinema teria matado a família frente em frente à todos. Contudo percebe-se que há realmente alguém cometendo crimes no desenrolar das sessões, mas será o tal Gates?
Popcorn é muito divertido de se assistir, durante o filme são exibidos 3 filmes (feitos apenas para este aqui) para “homenagear” as pérolas do cinema, como falei antes desde filmes com mosquitos gigantes até aqueles típicos de assassinos que resistem a morte na cadeira elétrica, tudo feito do modo mais debochado e ridículo possível levando a platéia ao delírio.
Enfim, filme legal, divertido... um filme de muitos anos atrás para adolescentes, mas diferente dos filmes de adolescentes atuais, é uma película boa e não irritante e estúpida.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Contatos de 4° Grau



Este aqui é da geração “acredite se quiser”, ou seja, mais um daqueles filmes que pretende jogar para o espectador a escolha se as cenas mostradas são reais ou não, no melhor estilo (Atividade Paranormal). Diferente do citado, Contados de 4° Grau intercala momentos com cenas do filme mesmo no modo tradicional, e outras com cenas que seriam reais. E aqui a temática é extraterrestre e não fantasmas.
O filme já começa “advertindo”, com a atriz Milla Jojovich no inicio se apresentando e já ‘preparando’ o espectador, dizendo que cabe a ele acreditar ou não.
Sinceramente não vejo necessidade disto, não cabe a mim chegar à conclusão se são fatos reais ou não, mas soa muito “búúúúúú...”. Bom, deixa pra lá, hoje como por vezes é difícil colocar medo no publico com algo mais intrigante, deste modo quase imploram para o público acreditar, acho que isso pode ser feito só que de maneiras um pouquinho menos apelativas.
Bom o filme em si não é ruim não, tem bons momentos desde o envolvimento da psicóloga cujos pacientes relatam não conseguirem dormir de noite por conta de uma coruja, que no fim das contas não é beeem uma coruja he, he.
A aposta deste filme é justamente criar a dúvida em quem assiste, principalmente nos diversos momentos em que a tela fica dividida, e de um lado aparecem as supostas imagens reais (desde processos de hipnose para regredir e reviver os traumas ocorridos, e também imagens de espécies de possessão alienígena sobre as vitimas) e na outra tela ao lado as atuações dos atores simultaneamente interpretando as cenas correspondentes.
Fora um susto, Contatos de 4° Grau não me impressionou muito, mas no fim das contas o saldo ainda é positivo mas não muito além disso, pois se formos tomar apenas o roteiro não há nada de tão sensacional aqui. Foi o que disse antes, o filme vai tentar te ‘ganhar’ por meio da dúvida, se você acreditar seguramente irá desfrutá-lo muito mais do que alguém que simplesmente já entrar com um pé atrás, pois daí de fato não haverá muita sustentação por parte do próprio filme visto que o mesmo está praticamente calcado na dúvida do espectador.
Cabe a você acreditar em mim ou não srsr...

sábado, 4 de setembro de 2010

HALLOWEEN - A Noite do Terror (1978)



- HÁ MUITOS ANOS ELE MUDOU A FACE DO TERROR!

Clássico, adorado e reverenciado no mundo todo. Seguramente um dos mais importantes filmes de terror já feitos.
A fórmula desta película é utilizada até os dias atuais, ou seja, o maníaco mascarado matando jovens.
Mas diferente de boa parte dos seus sucessores quando tais recursos são utilizados de modo banal, e sem o mínimo pudor, aqui é diferente. Não é um filme sangrento, de modo algum, aqui o suspense reina de modo soberbo, basta apenas relaxar e entrar no clima da pequena Haddonfield.
Quando criança Michael Myers matou sua própria irmã, e depois de 15 anos foge de uma instituição psiquiátrica e retorna a cidade para o que seria uma noite de terror.
Halloween é para mim a obra-prima do grande John Carpenter, o elenco conta com Jamie Lee Curtis e Donald Pleasence em atuações memoráveis, este último como psiquiatra de Myers, na qual chega à conclusão de que não se trata de um paciente comum...
Poucas vezes a trilha sonora de um filme se encaixou tão bem quanto neste, é um trabalho maravilhoso e acima de tudo marcante.
A estética de Halloween já foi diversas vezes imitada, mas jamais igualada. Myers é “algo” que espreita pela escuridão e não se sabe ao certo o que ele pode fazer. Mas a descrição de Dr Loomis já basta, ao qualificá-lo como sendo a maldade em pessoa.
Halloween foi um dos filmes independentes mais lucrativos da história do cinema, e não é para menos, pois é respeitado e tido como referência até os dias atuais.
Pena que hoje pouco se vê em qualidade e desenvolvimento e apenas o crescimento de matanças e aloprações.
Halloween foi selecionado pela Biblioteca do Congresso para preservação no Registro Nacional de Filme dos Estados Unidos como sendo “culturalmente, historicamente e esteticamente significante!”
E MERECE!! CLÁSSICO IMORTAL!